SOB CUSTÓDIA - Acabou o sonho. Para todos.

16/05/2013 23:26

 

Após dois anos reinando absoluto na América do Sul, o Estado de São Paulo não será mais a casa da Copa Libertadores. Pelo menos não neste ano.

Com campanhas pífias, São Paulo, Palmeiras e Corinthians – este um pouco melhor que os outros irmãos paulistanos –  foram sumariamente eliminados da competição precocemente, logo nas oitavas de final. Todos os três com o acréscimo de sofrimento para suas torcidas.

Depois de uma heroica classificação, com direito a vitória maiúscula sobre o Atlético no Morumbi, o tricolor iludiu completamente sua torcida, que acreditou firmemente na ressurreição do Jason, mas que na prática assistiu ao massacre do galo mineiro. Com Lúcio como vilão principal ao ser expulso de forma infantil no jogo de ida e Rogério Ceni como uma figura patética e impotente durante toda a competição, ficou clara não apenas a fraqueza da equipe, mas também a falta de planejamento dos cartolas são-paulinos.

A ausência de um bom trabalho da direção não ficou relegada apenas ao Soberano. No Palmeiras, a troca tardia de presidente atrasou todo o processo de reformulação que o alviverde devia e deve passar. Somado a isso, as contratações medianas que demoraram a se entrosar, a confusa venda de Barcos e a goleada sofrida para o Mirassol já anunciavam desde o inicio da temporada o sofrimento prolongado que terá o torcedor alviverde. Iludido por boas atuações, o torcedor palmeirense carregou um time mais que limitado até as oitavas da Libertadores e assistiu a queda melancólica da equipe para o apenas mediano Tijuana.

Dos três, foi o Corinthians que se planejou melhor, entretanto, o futebol não é uma ciência exata. Pato não  encaixou, Danilo, Fábio Santos e Alessandro estão em péssima fase, Romarinho não foi um iluminado e Emerson não decidiu. O esquema tático não se mostrou eficiente e o estilo de jogo defensivo, apostando em uma irritante linha burra de impedimento, foi uma tragédia.

Fim da linha para os paulistas.

Para o São Paulo, resta focar na fraca sul-americana e na Copa do Brasil, além é claro da obrigação que será  vencer a Recopa diante do Corinthians.

Para os comandados de Tite, cabe fazer história conquistando o hexa brasileiro ou o tetra da Copa do Brasil, não se esquecendo do Paulistão domingo, que pode apaziguar as coisas para o lado do Parque São Jorge.

Por último, o Palmeiras deve focar em voltar à  elite com uma grande campanha na série B, focando também na sempre maluca e imprevisível Copa do Brasil.

O sonho prateado da América não está mais em território paulista. Melhor sorte ano que vem.