ARARAQUARA - Em protesto contra reajuste , pedágio de R$ 0,75 é pago com notas de R$ 50
Motoristas e motociclistas de Araraquara e Matão (SP) se reuniram na tarde deste domingo para protestar contra o aumento de 50% no valor do pedágio
A cobrança para motos começou a valer na sexta-feira (1º). Antes, os motociclistas eram isentos da taxa para passar pelo local, que é conhecido na região como ‘pedágio da coxinha’. No mesmo dia, o valor do pedágio para carros, que era de R$ 1, também sofreu aumento. A cobrança é arrecada pela Prefeitura de Araraquara. “Qual o esforço que uma moto faz na estrada para exigir manutenção dessa pista?”, indagou o engenheiro Fernando Sartori, um dos manifestantes que mora em Matão. “Nem na rodovia eu pago pedágio, por que vou ter que pagar aqui?”. da estrada vicinal Graciano da Ressurreição Affonso (ARA-080), que liga as duas cidades. A maneira encontrada pelos manifestantes para reclamar do reajuste foi pagar a cobrança, de R$ 1,50 para carros e R$ 0,75 para motos, com notas altas, a maioria de R$ 50. A demora na devolução do troco provocou congestionamento de 6 km na via, segundo os organizadores do protesto.
Lentidão
O pagamento com notas, algumas até de R$ 100, provocou lentidão na cobrança, já que os operadores da cabine devolviam o troco em moedas e os motociclistas e motoristas conferiam todo o dinheiro devolvido. A demora resultou em um congestionamento de 6 km, no sentido Araraquara, já que a maioria dos manifestantes era de Matão.
“Quem é de Araraquara não utiliza tanto o pedágio como é de Matão, que precisa vir muitas vezes para a cidade”, disse um dos organizadores da manifestação, Wesley Gonçalves. Ele organiza uma petição na internet contra a cobrança, que tem cerca de 500 assinaturas.
Transtornos
A lentidão no tráfego dos veículos causou alguns transtornos e reclamação de motoristas, irritados com a espera. “Eu sou cardíaca e hipertensa, estou a mais de 1h30 nessa fila de carros, com uma criança de 3 anos que não para de chorar”, disse a passageira Maria Aparecida Canuto, de 58 anos. “Deveria ter feito isso na segunda-feira, domingo é dia de descanso”.
A comerciante Márcia Borsari tentou passar com seu carro na frente da fila de motociclistas que protestavam, mas foi impedida por agentes de trânsito, que acompanhavam a manifestação. “Tentei conversar, saber se podia passar, não deixaram e estou aqui atrasada há 50 minutos para um compromisso, conformada e achando que devem mesmo protestar”, afirmou. Além de agentes de trânsito, a Guarda Municipal também estava no local.
O fluxo de veículos voltou ao normal após cerca de duas horas de manifestação, quando a catraca do pedágio foi liberada para os motociclistas e motoristas que apresentavam notas altas, pela falta de troco.